domingo, 6 de maio de 2018

Seja bem vindo ao que procura!

"Vale lembrar que alguém que tenha estudado e praticado a fundo sobre o “Caminho” verdadeiro do Karatê-Dō de O-Sensei’Gichin Funakoshi deve saber que estar preparado para demonstrar na prática o que realmente assimilou e aprendeu durante vários anos de intenso e rigoroso treinamento não é o suficiente! O caráter forjado ao longo do tempo é quem vai determinar se você esta apto a carregar para sempre o desafio de ser um representante digno, honroso e leal da Honorável Arte de O’Sensei! Lembre-se sempre, o difícil não é chegar ao topo da “montanha”, o difícil é manter-se lá para o resto de sua vida!"

Prof. Sylvio Rechenberg



ATENÇÃO: Leia os textos abaixo com muita calma, atenção e carinho, pois ali se encontra parte de um tesouro que nos dias atuais é cada vez mais difícil de encontrar! Leia tudo até o fim e reflita se realmente você tem o perfil que define a essência da tua busca!

" Involução "


A graduação nas artes marciais: Vivemos em uma sociedade, ou melhor, em um mundo, que valoriza a “aparência” das coisas, não importando o que se “É” e sim o que se parece “SER”. Valores que outrora tinham um sentido intelectual e prático, ou ético e moral, hoje já não importam, e é bem visto aquele que tem uma boa memória e consegue decorar uma série de livros, ou ainda aquele que possui uma boa oratória.

Dentro deste contexto, nos deparamos com um problema comum a quase todas as artes marciais modernas: o fato de que hoje as pessoas têm procurado as academias para praticar as diversas modalidades “marciais” em busca da aquisição de uma faixa preta ou qualquer outra graduação que aos olhos dos outros sejam sinônimo de “poder”, ou seja, buscam uma espécie de valorização ou vaidade pessoal que nada tem a ver com o verdadeiro objetivo das artes marciais.

São responsáveis por esta deturpação a maioria dos instrutores, professores e “mestres” da atualidade que, com raras exceções, não se importam com seus alunos e não querem saber o que eles fazem com os “ensinamentos” que recebem. Estão sim, preocupados com o pagamento das mensalidades e com as taxas cobradas para o exame de graduação, que é o motivo pelo qual dão aulas.

Porém, este não é um problema inerente somente as artes marciais… estende-se a todas as áreas da pedagogia e irá persistir até o dia em que as pessoas pararem de agir a partir de elementos externos e passarem a exercitar suas tendências naturais, pois para que se possa realizar um bom trabalho, em qualquer área, é necessário ter VOCAÇÃO. Aliás, deveríamos dar mais atenção a este assunto, pois na vocação está a chave para a realização pessoal e para a tão sonhada felicidade.

" Quando nos deparamos com a triste realidade de nosso sistema educacional, chegamos à conclusão de que as atividades que deveriam ser benéficas, como é caso das artes marciais, acabam prejudicando não somente o praticante, mas também a imagem da arte praticada. "

Porém, se pararmos por apenas um instante para refletir sobre a prática marcial, certamente chegaremos as seguintes conclusões: Não basta ter socos, chutes e bloqueios fortes, precisamos também ter princípios fortes; Não basta falar de coisas boas, precisamos e devemos praticá-las; Não basta coragem para o combate é preciso coragem para enfrentar a grande luta da vida, onde os desafios são diários; Não basta dominarmos nosso corpo e achar que isto é suficiente para merecer uma faixa preta, devemos tornar “faixa preta” nossa consciência e nosso coração, pois agindo desta forma pouco importará qual a cor da faixa que ostentamos na cintura, até mesmo porque não andamos uniformizados em todas as ocasiões de nossas vidas.

Todos os praticantes de artes marciais deveriam fazer aumentar junto com sua graduação as suas virtudes, para que venham a se tornar pessoas de moral, de bom caráter.

Portanto, somente é faixa preta aquele que, sem preconceitos, busca o conhecimento e procura fazer dele uma prática diária; Somente é faixa preta aquele que respeita a sabedoria eterna, seu mestre, seus companheiros de treinamento, sua família e todos seus semelhantes; Somente é faixa preta aquele que busca harmonizar sua personalidade efêmera deixando assim transparecer, ainda que de forma distorcida, a beleza de sua alma; Somente é faixa preta aquele que dedica sua vida para ensinar o pouco que sabe aos outros, através de seu próprio exemplo; Somente é faixa preta aquele que no meio da confusão moderna ouve a voz da sua consciência e se mantém fiel aos valores que moveram, movem e sempre moverão os grandes guerreiros… ou como está descrito na frase de alguém cujo nome não lembro, mas que jamais esquecerei as palavras:

“Ser um autêntico faixa preta não é ser mais, mas se tornar menos. Menos agressivo. menos vaidoso, menos autoritário, menos cobiçoso, menos invejoso, menos egoísta, menos apegado, menos ignorante, menos violento, menos…”

Denis Augusto Cordeiro Andretta

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

O Código de Honra!


É um dever e uma obrigação moral de um "faixa preta" seguir estes princípios!

Honra (Meiyo) É a qualidade essencial!
Ninguém pode pretender ser praticante do Budô, se não tiver uma postura honorifica. É da honra que partem todas as outras qualidades. É ter um código moral e um ideal, de maneira a ter sempre um comportamento digno, responsável e assim, respeitável.

Fidelidade (Chijitsu) Não pode existir honra sem fidelidade e lealdade em relação a certos princípios e para com quem os partilha. A necessidade permanente de cumprir as promessas e nas atitudes que tornam dignas e verdadeiras as suas ações! 

Sinceridade (Seuitsu) A fidelidade necessita de sinceridade nas palavras e nos atos. A mentira arrasta a desconfiança que é a origem de todas as separações. No Karatê-Dô , a saudação é a expressão dessa sinceridade, é o sinal daquele que não esconde os seus sentimentos, pensamentos, daquele que sabe ser autentico.

Coragem (Yuuki ou Yuukan) A força da alma que permite enfrentar o sofrimento chama - se coragem. E essa coragem que nos leva a fazer respeitar o que aos nossos olhos nos parece justo, e que apesar de medo e receios nos permite enfrentar os obstáculos.

Bondade (Shintetsu) A bondade é um sinal de coragem e que mostra um grande sentido de humanidade. Ela leva - nos a sermos atentos para com o próximo e ao que nos rodeia, a ser respeitoso para com a vida. 

Humildade (Ken) Saber ser humilde, isento de orgulho e vaidade, sem fingir, são garantias da verdadeira modéstia.

Verticalidade (TaDashi ou Sei) Seguir a linha do dever e nunca mais se desviar. Lealdade, honestidade e sinceridade são os pilares dessa verticalidade.

Respeito (Sonchoo) A verticalidade dá origem ao respeito para com o próximo. A gentileza e a expressão desse respeito para com próximo, quais quer que sejam as suas qualidades, fraquezas ou posição social. Saber tratar as pessoas e as coisas com decência e respeitar o sagrado é o primeiro dever de um Budoka.

Controle (Seigyo) Qualidade essencial para todo o faixa preta, representa a possibilidade de dominar os nossos sentimentos, impulsos e controlar o nosso instinto. É um dos principais objetivos da prática do Karatê-Dô porque condiciona toda a nossa eficácia.

sábado, 25 de setembro de 2010

Ser "Faixa Preta"!

Por reverendo Kensho Furuya - Aikikai (In Memorian):

Através da popularidade desta coluna, recebo correspondência vinda de todo o país. E a pergunta mais frequente é “quanto tempo leva para obter a faixa preta?”. Não sei como se responde a essa questão em outras escolas, mas meus alunos sabem que fazer tal pergunta em meu Dojô pode atrasá-los vários anos em seu treinamento. Seria um desastre.

A maioria das pessoas ficaria satisfeita se eu dissesse que leva apenas um par de anos para obter a faixa preta, mas infelizmente não é assim. E embora eu tenha receio de que a maior parte das pessoas não ficaria feliz com a minha resposta, acho que os falsos conceitos em geral sobre “o que é uma faixa preta” devem ser esclarecidos tanto quanto possível. Este não é um assunto muito popular para ser discutido da forma como o farei. Sem dúvida, advirto meus alunos a não fazer essa pergunta em primeiro lugar. A resposta não é aquela que eles querem ouvir.

Como se obtém a faixa preta? Você deve encontrar um professor competente e uma boa escola, começar a treinar e a trabalhar duro. Algum dia, quem sabe quando, ela chegará. Não é fácil, mas vale a pena. Pode levar um ano; pode levar dez anos. Talvez você nunca a consiga. Quando você compreende que a faixa preta não é tão importante quanto à prática em si, provavelmente está se aproximando do nível de faixa preta. Quando você compreende que não importa quanto tempo ou quão duro você treine, há uma vida inteira de estudo e prática à sua frente até a morte, você provavelmente está chegando perto da faixa preta.

Seja qual for o nível que você obtenha, se você achar que “merece” uma faixa preta ou se achar que você agora “é bom o bastante” para ser um faixa preta, você está fora do caminho e, sem dúvida, muito distante alcançá-la. Treine duro, seja humilde, não se exiba diante do seu mestre ou de outros alunos, não reclame de nenhum encargo e dê o seu melhor em tudo em sua vida. Este é o significado de ser uma faixa preta. Ser autoconfiante demais, exibir suas habilidades, ser competitivo, desprezar os outros, demonstrar falta de respeito e escolher aquilo que faz ou não faz (acreditando que alguns trabalhos são indignos de você) caracterizam o aluno que nunca obterá a faixa preta. Aquilo que vestem ao redor da cintura não passa de uma peça de comércio comprada por uns poucos dólares em alguma loja de artigos para artes marciais. A verdadeira faixa preta, usada por um verdadeiro possuidor de uma faixa preta, é a faixa branca do principiante, tingida de preto pela cor do seu sangue e do seu suor.

Padrão de Treinamento:

O primeiro nível de faixa preta é chamado em japonês de shodan, palavra que significa literalmente “primeiro nível”. O ideógrafo para Sho (primeiro) é muito interessante. Ele é formado de dois radicais que significam “roupa” e “faca”. Para fazer uma peça de vestuário é preciso primeiro cortar o molde no tecido. O padrão determina o estilo e aparência do produto final. Se o padrão está fora de proporções ou contém erros, as roupas terão má aparência e não vestirão bem. Do mesmo modo, seu treinamento inicial para atingir a faixa preta é muito importante; ele determina como você se desenvolverá como faixa preta.

Em meus muitos anos de ensino, tenho notado que os estudantes que estão unicamente preocupados em obter uma faixa preta se desencorajam facilmente, tão logo eles percebem que é mais difícil obtê-la do que imaginavam. Estudantes que vêm apenas pela prática, sem preocupação com graduações ou promoções, sempre seguem bem. Eles não são abatidos por objetivos irrealistas ou sem profundidade.

Existe uma famosa estória sobre Yagyu Matajuro, que foi um filho da famosa família Yagyu de espadachins do Japão feudal, no século XVII. Ele foi expulso de casa por sua falta de talento e potencial, e tornou-se discípulo do mestre espadachim Tsukahara Bokuden, com a esperança de atingir a maestria na espada e reaver sua posição no clã Yagyu. Em sua entrevista inicial, Matajuro perguntou a Bokuden, “Quanto tempo levará para que eu me torne um mestre na espada?” Bokuden respondeu, “Oh, cerca de cinco anos se você treinar com afinco.” “Se eu treinar duas vezes mais duro, quanto tempo levará?” tornou Matajuro. “Nesse caso, dez anos”, respondeu Bokuden.

Encontrando um Foco:

O que você deve focar, se você não está concentrado em obter sua faixa preta? É mais fácil dizer que fazer, mas você deve focar sua energia na prática. Porém, pensar, “Eu vou me concentrar em meu treinamento para obter uma faixa preta”, é simplesmente brincar com jogos mentais que ao final conduzirão você ao desapontamento.

Você pode pensar simplesmente “Vou esquecer as graduações completamente”? Você pode dizer simplesmente a si mesmo que nunca irá atingi-las? Você sempre estará ligado à sua faixa preta, permitindo a essa ideia persistir em sua mente? Em outras palavras, você pode simplesmente concentrar-se em seu treinamento sem se preocupar com nada mais? Pode você finalmente perceber que uma faixa preta é nada mais que “algo para segurar suas calças.

Você deve perceber também que embora você domine todos os pré-requisitos, o número correto de técnicas, todas as formas requeridas, e tenha o número apropriado de horas de treinamento, você pode não se qualificar para a faixa preta. Alcançar faixa preta não é uma questão quantitativa que pode ser medida ou pesada. Sua faixa preta tem a ver com você como pessoa. Como você se conduz dentro e fora do Dojô, sua atitude com seu professor e seus colegas estudantes, seus objetivos na vida, como você enfrenta os obstáculos que lhe aparecem, e como você persevera em seu treinamento, são todas importantes condições para a faixa preta. Ao mesmo tempo, você se torna um modelo para outros estudantes e eventualmente atinge o status de professor ou instrutor assistente.

Alcançando o Foco no Treinamento:

Como nos mantermos focados em nosso treinamento? Treinar com êxito significa, em grande medida, que nós observamos nossos atos de um modo racional e realista. Frequentemente não estamos contemplando objetivos realistas, mas sonhos e ilusões. Você que praticar artes marciais como um caminho para melhorar a si próprio e a sua vida, ou você está motivado pelo último filme de ação? Sua prática é motivada pelo desejo de iluminar-se, ou para imitar os atores de filmes marciais? … Essas pessoas são quem são por seus próprios esforços. Você é você mesmo. Todos nós temos nossos heróis, nossos modelos e sonhos, mas temos de separar fantasia de realidade se nosso treinamento deve ser significativo e bem-sucedido.

Atingindo a Faixa Preta:

Pense sobre perder a faixa preta, e não em ganhá-la. Sawaki Kodo , um mestre Zen, freqüentemente dizia: “Ganhar é sofrimento; perder é iluminação.” Se alguém perguntar a diferença entre praticantes de hoje e do passado, eu responderia que os praticantes do passado viam o treinamento como “perda”. Eles abandonavam tudo por sua arte e sua prática. Famílias, trabalho, segurança, fama, dinheiro, para desenvolverem-se a si próprios. Hoje, eles apenas pensam em ganhar. “Eu quero isto, eu quero aquilo.” Nós queremos praticar artes marciais, mas também queremos dinheiro, fama, telefones celulares e tudo que qualquer um possa ter.

Quando o estudante olha seu treinamento do ponto de vista da perda em vez do ganho, ele se aproxima do espírito da maestria, e verdadeiramente torna-se valoroso como faixa preta. Só quando você finalmente desiste de seus pensamentos sobre exames e faixas, troféus, fama, dinheiro e a própria maestria na arte, você alcança que o mais importante é sua prática. Seja humilde, seja gentil, cuide dos outros e ponha a todos adiante de você. Estudar arte marcial é estudar você mesmo - seu verdadeiro “Eu”. Isto nada tem a ver com graduações. Um grande mestre Zen disse uma vez: “Estudar o Eu é esquecer o Eu. Esquecer o Eu é compreender todas as coisas”.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

O verdadeiro significado da faixa preta

Pôr (Hidetaka Nishiyama'Sensei)

Na história européia e especialmente na história inglesa, um homem de grande valor e dignidade que se destacava tanto no campo de batalha como na sua vida social era premiado com o título de cavaleiro. Esta designação implicava que seu portador era um homem de honra e que possuía uma grande habilidade de combate.

No Japão, este tipo de homem era denominado Samurai sendo objeto de grande atenção e respeito.

Nestas épocas, tanto a Inglaterra como o Japão se constituíam de estados feudais e tanto os cavaleiros como os Samurais eram resultado das condições sociais das eras em que viviam, situação que não existe hoje em dia, mas apesar disto, o desejo de alcançar um grande nível em uma arte marcial, na autodisciplina e na defesa pessoal ainda persiste.

Atualmente o homem se esforça em uma arte marcial tentando alcançar a faixa preta como resultado de aprendizado, embora na mesma medida em que progrida no treinamento se torna mais consciente de um forte impulso: o de moldar-se a si mesmo, transformando-se em uma pessoa melhor, não somente possuidora de uma grande habilidade de combate mas também de dignidade e honra.

Tradicionalmente estes são sempre os objetivos de um estudante de artes marciais.

A faixa preta é uma recompensa outorgada ao cavaleiro atual, ao moderno samurai que sacrificou muitas horas disciplinando sua mente e fortalecendo seu corpo no intuito de alcançar o máximo de desenvolvimento físico e mental possíveis. A faixa preta assim, é um símbolo de perícia.

Inicialmente o sistema de grau foi estabelecido como uma série de níveis com os quais o estudante podia avaliar o seu progresso, e a primeira faixa preta alcançada era conhecida como Shodan: primeiro grau ou passo inicial destes níveis.
O Shodan significa que o estudante domina os fundamentos da arte e está agora preparado para receber um treinamento mais avançado e se continuar praticando poderá alcançar outros Dans indicativos de progresso.

Esta escala de valores tem provado a sua eficácia como grande motivador do estudante, mas também tem originado alguns problemas.

Em primeiro lugar existe internacionalmente uma grande disparidade de critérios. Um sistema de graduação universal deveria ser normalizado da mesma forma que um centímetro é igual a outro em qualquer lugar do mundo.

É preciso também compreender que esta escala de valores consiste em examinar as reações humanas, e devido as diferenças existentes em cada pessoa é difícil estabelecer regras únicas.

O Judô e o Kendô tem suas regras internacionais para avaliar, e isto se deve ao fato de suas origens serem exclusivamente japonesas e estas regras nasceram junto com cada uma destas artes marciais.

O Karatê-Dô ao contrário tem várias escolas diferentes, cada uma das quais, possuem suas particularidades e seus sistemas de exame separados.

Quando o Karatê-Dô alcançou uma dimensão internacional, vários países receberam estilos diferentes cada um deles com suas próprias regras e isto permitiu que indivíduos sem escrúpulos criassem suas próprias organizações outorgando a faixa preta a estudantes não qualificados que por sua vez decidiram abrir suas próprias escolas e entregar suas próprias faixas pretas ao mesmo tempo que buscavam promover-se para obter benefícios econômicos.

O resultado final é que muitas faixas pretas constituem um mau exemplo e produzem uma má imagem do Karatê-Dô.

Muitas pessoas dizem que como existem as casas de câmbio para as trocas de moedas, deveriam haver centros de reavaliação onde os faixas pretas pudessem ser reavaliados, embora a lista dos candidatos alcançasse a grossura de uma lista telefônica.
O público não é consciente das diferenças entre os sistemas diferentes da graduação, e as pessoas podem ser enganadas nas academias que outorgam faixas pretas, rápido, em um curto período de tempo de treinamento, com nítidos objetivos comerciais, atitude perigosa tanto para o estudante como para a qualidade do ensino como um todo da arte marcial.

Em uma academia séria, a faixa preta se alcança após 5 anos de treinamento assíduo e duro, sob uma orientação competente.
Cada karateca deveria saber que a faixa preta não é sinônimo de um prêmio, mas um objetivo e um símbolo da realização de um grande esforço dentro de um sistema de graduação de máxima qualidade, da qual se beneficia o estudante de Karatê-Dô em geral.

Esta interpretação dos Dans deveria inspirar um sentimento de orgulho a quem recebe um DAN através de um treinamento rigoroso.

Os cavaleiros e os Samurais de antigamente evitavam a todo custo os atos que pudessem ofuscar o juízo de sua honra.

Será que os Faixas pretas modernos poderiam ter uma atitude diferente?